Mobilidade Reduzida: 98% da frota da Carris Metropolitana é acessível a pessoas com mobilidade reduzida

Em trabalho contínuo e de proximidade com os passageiros, a TML instigou os operadores prestadores do serviço da Carris Metropolitana a reforçar a formação dos motoristas no que respeita à correta e eficaz utilização das plataformas elevatórias que garantem o acesso das pessoas com mobilidade reduzida ao transporte público.

Numa visita conjunta entre a TML e membros da comunidade Lisboa para Pessoas, realizada a 20 de junho à Gare do Oriente, esta e outras barreiras à acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida aos autocarros da Carris Metropolitana foram observadas e identificados aspetos a melhorar.

Acessibilidade na primeira pessoa

Integrante da comunidade Lisboa para Pessoas, o especialista em acessibilidade em meios de transporte, Diogo Martins, fala na primeira pessoa sobre o que viu no terreno. Apesar das falhas detetadas, reconhece que “há interesse em melhorar, factualmente, o nível de acessibilidade” dos veículos da Carris Metropolitana.

Como todas as empresas de transportes públicos em Portugal, há um longo percurso a fazer para melhorar a acessibilidade. Há que melhorar a implementação dos equipamentos necessários, a bordo, melhorar a formação, a informação disponível e detalhar os procedimentos”, sublinha o especialista.

Concordando que “todo este trabalho se torna sempre complexo, apesar das soluções existirem”. Diogo Martins faz votos que “a Carris Metropolitana avance rapidamente com as melhorias necessárias para que mais pessoas possam viajar com confiança”.

O mais tardar, em outubro, a Carris Metropolitana e o grupo de cidadãos da Comunidade Lisboa para Pessoas voltam ao terreno para medir e avaliar os progressos.

As medidas já implementadas

Algumas medidas já foram tomadas em resposta a situações observadas durante a visita à Gare do Oriente. Foram verificados os procedimentos adotados na formação dos motoristas, em concreto, no que diz respeito à utilização das plataformas elevatórias, Além disso, procedeu-se ao desenvolvimento de um guia de boas práticas no transporte de pessoas com mobilidade reduzida, para uso dos 4 operadores que atuam sob a marca Carris Metropolitana. O guia, compila as medidas que devem ser tomadas pelo motorista quando se encontrar na posição de servir o passageiro com mobilidade reduzida. O documento foi elaborado em conjunto com o operador, internamente, de modo a garantir que todos os colaboradores tenham conhecimento a respeito do tema.

Também foi desenvolvido, para a área 4, um ‘guia rápido de utilização’ das plataforma elevatórias a ser impresso e colado junto à própria plataforma, prestando auxílio ao motorista no momento de operação da mesma.

Nota: Veículos que possuem rampas automáticas fazem parte da frota dos operadores das áreas 2 e 4, tendo os operadores das áreas 1 e 3 somente rampas manuais.

O antes, o agora e o futuro

Até à data, 98% dos veículos estão equipados com plataformas elevatórias, manuais ou elétricas. Dos 1576 autocarros que neste momento circulam na região, 1540 estão devidamente equipados para acolher pessoas com mobilidade reduzida.

Na Área 1 falamos de 474 autocarros, na Área 2 de 525, na Área 3 de 339 e na Área 4 de 202.